Os cavalos que temos, os cavalos que curtimos, os cavalos que queremos

Artigo

Algum tempo atrás, a Universidade do Cavalo recebeu cavaleiros dos mais diferentes lugares para uma Clínica de Team Penning.

Esta modalidade, muito comum e conhecida no mundo western, resume-se em trios de cavaleiros que devem fechar um trio de bois em um curral montado dentro da pista. O trio de cavaleiros que fechar o trio de bois no menor tempo ganha a prova. Ao contrario do que muitos podem pensar, esta não é uma modalidade de correria atrás de uma boiada.

Quem ministrou a clínica foi Adriano Carani, nada mais nada menos que tri campeão nacional da modalidade. Adriano tem uma facilidade incrível de passar seus conhecimentos, e logo de inicio partiu para as regras da modalidade e as táticas adotadas pelos trios para que fechassem os bois em um bom tempo. Tática, aliás, é a tônica da modalidade.

O mais interessante desta clínica não foi realmente a tática ou a regra. Foi sim a diversidade de cavalos e cavaleiros. Ao todo eram seis cavalos Puro Sangue Lusitanos, dois cavalos Appaloosas, quatro cavalos Quarto de Milha, um cavalo Crioulo e dois mestiços de Crioulo com Quarto de Milha. Assim, dia a dia, regra a regra, tática a tática, cada cavaleiro com seu cavalo foi aprendendo e realizando os exercícios propostos pelo professor, e no último dia uma prova foi realizada.

Ganhou um trio que tinha uma égua Crioula e dois cavalos Lusitanos. Em segundo lugar um trio que tinha dois cavalos Quarto de Milha e um cavalo Lusitano, e por aí foi a diversidade de raças se cruzando em uma mesma modalidade, em um mesmo final de semana.

Culturas diferentes, técnicas de equitação diferentes, estilos e equipamentos diferentes, todos buscando as mesmas ideias e os mesmos objetivos. O professor da clínica ficou abismado com a qualidade dos Lusitanos para o trabalho com o gado, e logo se interessou em ter alguns treinando em seu centro de treinamento. Os cavaleiros de Lusitanos logo enxergaram uma nova opção de diversão e consequentemente de mercado para a raça. Os quartistas aprimoraram suas técnicas, assim como os crioulistas. Todos aproveitaram muito, cada um de sua forma, cada um com seus pensamentos, cada um com seu cavalo.

Tudo isso serviu para pensarmos em um fato: não importa o cavalo, a raça ou a equitação. Importa sim utilizarmos nossos cavalos da forma que queremos, sempre buscando segurança, diversão, técnica e principalmente o desfrute de momentos agradáveis com nossos amigos e nossos cavalos.

É assim para os amadores, para os profissionais, para as crianças e adultos. Há sempre uma nova ideia e uma nova opção de lazer e diversão. Lusitanos no boi, Crioulos na equitação de trabalho, Quartos de Milha no salto. Sem qualquer restrição de sim ou não, certo ou errado, o que vale nisso tudo é lembramos que para os cavalos que temos, vale a pena curtirmos e sempre querermos mais para que tenhamos diversão e momentos agradáveis.

Esse registro foi postado em UC e marcado .

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *